Recria Mal Feita Gera Prejuízo: Veja Como Acertar na Transição Bezerro-Garrote

published on 29 July 2025

A recria mal conduzida pode causar prejuízos enormes na pecuária. Problemas como manejo nutricional inadequado, falhas sanitárias e degradação de pastagens comprometem o ganho de peso e a rentabilidade. Para evitar isso, é essencial focar em três pilares: alimentação balanceada, protocolos sanitários rigorosos e gestão eficiente das pastagens. Além disso, tecnologias como inteligência artificial, representada pelo Soberano AI, facilitam o monitoramento em tempo real, permitindo decisões rápidas e precisas.

Destaques do artigo:

  • Bezerros mal manejados podem perder até 15% no ganho de peso por problemas sanitários.
  • A suplementação e o controle alimentar adequado podem aumentar o ganho diário em até 17%.
  • Pastagens degradadas afetam a produtividade; adubação e rotação são soluções viáveis.
  • Ferramentas como o Soberano AI ajudam a registrar dados e monitorar a saúde e o desempenho dos animais via WhatsApp.

A transição bem planejada entre bezerro e garrote é fundamental para melhorar a eficiência produtiva e garantir o sucesso financeiro da operação.

A Transição Bezerro-Garrote no Brasil

A fase de recria é crucial no ciclo produtivo, pois prepara os bovinos para a engorda ou produção. O foco principal dessa etapa é promover o crescimento em estrutura e tamanho, sem que o animal ainda esteja pronto para o abate.

No Brasil, com seu clima tropical, essa transição apresenta desafios e características específicas que impactam diretamente os resultados alcançados.

"Os bovinos utilizam de 75% a 90% da alimentação ingerida para sua manutenção, fazendo com que os produtores necessitem um melhor planejamento quanto a dieta destes animais para obter bons resultados de produção" - Aline Zitterell, médica veterinária

Etapas Essenciais da Fase de Recria

A recria envolve diferentes fases que exigem atenção constante e manejo adequado. No contexto tropical, o maior ganho ocorre antes do desmame, com o animal atingindo entre 25% e 35% do peso final aos 7 meses. Após esse período, os desafios no manejo tornam-se mais evidentes.

Durante a transição, os animais jovens possuem melhor eficiência na conversão alimentar, o que deve ser explorado por meio de estratégias nutricionais bem planejadas. Estabelecer metas claras de ganho de peso e monitorar o desempenho de cada lote são práticas indispensáveis para garantir bons resultados.

Um exemplo prático pode ser observado nos dados do LABOV. Em 2021, os bezerros atingiram, em média, 85 kg aos 138,3 dias (0,396 kg/dia). Já em 2022, com ajustes no manejo, chegaram a 90 kg aos 111,3 dias (0,510 kg/dia). Isso demonstra como mudanças no manejo podem acelerar o desenvolvimento.

A suplementação nutricional desempenha um papel essencial nessa fase. Quando orientada por especialistas, ela potencializa o ganho de peso e melhora a conversão alimentar. Além disso, o acompanhamento constante do desempenho dos animais permite identificar gargalos e realizar intervenções no momento certo.

Esses números reforçam a importância de um manejo bem estruturado, adaptado à realidade local, para maximizar a eficiência e os resultados.

Desafios e Práticas no Brasil

No Brasil, as características do sistema produtivo influenciam diretamente a recria. A maioria das fazendas opera com sistemas de pastagem, o que torna a gestão de pastos um elemento-chave.

Outro ponto importante é a volatilidade do mercado, com variações de até 24% nos preços ao longo do ano. Essa instabilidade exige dos produtores uma postura flexível e um olhar atento aos custos durante a recria, especialmente no controle do "ágio" do bezerro desmamado.

"A recria, certamente, é a atividade que mais responde à intensificação, a adubação de pastagem e aumento da rotação animal." - Marco Balsalobre

A intensificação, quando bem aplicada, pode trazer ganhos expressivos. Reduzir o período de recria para 12 a 15 meses é uma estratégia que pode aumentar significativamente os retornos financeiros, especialmente quando combinada com práticas como adubação de pastagens e rotação de animais.

Apesar do potencial, a realidade média brasileira ainda apresenta desafios. A produção por vaca exposta é inferior a 90 kg de bezerro desmamado, enquanto o ideal seria ultrapassar os 150 kg. Essa diferença evidencia o espaço para melhorias no setor.

Uma recria mal manejada pode gerar custos fixos elevados, entre R$ 20 e R$ 30 por arroba ganhada, tornando a atividade menos lucrativa. Por isso, a adoção de práticas modernas e o uso de tecnologias de monitoramento são indispensáveis para superar os desafios e aumentar a eficiência.

"Então a negligência desta atividade, sem dúvida nenhuma vai trazer prejuízos e vai fazer com que ela não seja rentável e não seja adequada para este tipo de fazendeiro." - Marco Balsalobre

Principais Estratégias para uma Transição Bem-Sucedida

Para evitar problemas durante a recria, é essencial focar em três pilares: nutrição balanceada, protocolos sanitários rigorosos e manejo eficiente de pastagens. Esses elementos, quando bem implementados, garantem o desenvolvimento saudável dos animais e o sucesso da recria.

Nutrição e Planos Alimentares Bem-Planejados

O sistema digestivo dos bezerros evolui em três etapas: alimentação líquida, transição e ruminante. Durante a fase inicial, os bezerros consomem até 2,25% do peso corporal em leite ou substituto. Após o desmame, esse consumo sobe para 3,06% em alimentos sólidos.

Para estimular o desenvolvimento do rúmen, mantenha uma quantidade fixa de leite diariamente, permita acesso livre ao concentrado inicial e ofereça forragem em porções ajustadas. Água fresca deve estar sempre disponível, pois é crucial para aumentar o consumo de alimentos sólidos.

A suplementação com concentrados e vitamina E acelera a adaptação digestiva, promovendo um ganho de peso diário entre 7% e 17% e melhorando a eficiência alimentar em até 12%. Além disso, o uso de implantes promotores de crescimento pode reforçar esses resultados.

Protocolos Sanitários Bem-Definidos

A transferência de imunidade passiva inadequada é uma das principais causas de mortalidade em bezerros recém-nascidos. Em algumas regiões leiteiras do Brasil, apenas 56% dos bezerros recebem colostro nas primeiras 8 horas de vida.

O tratamento do umbigo com solução de iodo é fundamental para prevenir infecções, já que problemas umbilicais são a quarta maior causa de morte em bezerros. Criar um banco de colostro ajuda a garantir que ele esteja sempre disponível para os recém-nascidos.

A diferença no manejo entre partos diurnos e noturnos também é marcante: 40% das propriedades fornecem colostro dentro de 4 horas após partos diurnos, mas apenas 12% fazem o mesmo para partos noturnos.

Doenças como diarreia, febre do carrapato, pneumonia e verminoses podem comprometer seriamente a recria. Um programa vacinal eficiente deve incluir proteção contra carbúnculo sintomático, raiva, leptospirose, IBR/BVD, salmonelose e pasteurelose. Além disso, o monitoramento dos níveis de proteína sérica em recém-nascidos ajuda a identificar animais mais vulneráveis.

Manejo Eficiente de Pastagens

Além de protocolos sanitários, o manejo correto das pastagens é essencial para melhorar o aproveitamento nutricional e o desempenho dos animais.

Práticas como o pastejo rotacionado otimizam a produtividade das pastagens. Dividir áreas em piquetes, corrigir o solo e aplicar fertilizantes favorecem o crescimento das forrageiras e aumentam a capacidade de suporte.

No Vale do Juruena, em Mato Grosso, pequenos produtores que participaram do Programa de Produção Sustentável de Bezerros adotaram técnicas aprimoradas de pastejo. Como resultado, alcançaram maior produtividade, bezerros mais pesados ao desmame e uma recuperação mais rápida da condição reprodutiva das vacas.

Hoje, cerca de 110 milhões de hectares no Brasil sofrem com degradação (60% do total). Em Mato Grosso, a taxa média de lotação é inferior a 1 animal por hectare, indicando um grande potencial de intensificação. Entre 1990 e 2020, a produtividade pecuária cresceu 159%, enquanto a área de pastagens foi reduzida em 13%. Sistemas integrados de lavoura-pecuária (ILPF) têm se mostrado eficazes em aumentar o ganho de peso diário, reduzir a idade de abate e diminuir as emissões de metano.

Usando Ferramentas de IA para um Melhor Manejo

A inteligência artificial está transformando a pecuária, trazendo mais precisão para a transição entre bezerro e garrote. Com sistemas que analisam dados em tempo real e oferecem informações claras, os produtores conseguem tomar decisões mais certeiras, reduzindo perdas e otimizando a recria.

No Brasil, dados regionais reforçam como tecnologias avançadas podem melhorar o manejo, permitindo monitoramento detalhado e intervenções rápidas durante esse período crucial.

Coleta Simplificada de Dados com o Soberano AI

Soberano AI

Um dos maiores desafios da pecuária moderna é capturar dados de forma eficiente. O Soberano AI resolve isso de maneira prática: ele utiliza o WhatsApp, um aplicativo já amplamente usado, eliminando a necessidade de aprender novos softwares.

O processo é direto. O produtor pode enviar informações como peso dos animais, condição corporal, questões sanitárias ou mudanças de piquete diretamente pelo WhatsApp. A IA, então, processa esses dados e gera relatórios claros e organizados. Isso evita problemas comuns de registros manuais, como dados perdidos ou informações ilegíveis.

Enquanto em outros países sensores avançados são usados para capturar dados, o Soberano AI adapta essa tecnologia à realidade brasileira, aproveitando a conectividade móvel. Assim, ele dispensa investimentos em infraestrutura complexa e ainda garante que dados essenciais sejam coletados de forma prática e acessível.

Com as informações devidamente organizadas, o sistema oferece análises que ajudam os produtores a tomar decisões rápidas e bem fundamentadas.

Dados em Tempo Real para Decisões Mais Precisas

A partir das informações coletadas, a IA transforma dados brutos em orientações práticas. O sistema cruza informações sobre o ambiente e o desempenho dos animais, identificando padrões que poderiam passar despercebidos.

Durante a recria, essa análise é indispensável. A IA consegue detectar sinais precoces de problemas de saúde, monitorando dados fisiológicos e comportamentais, como sinais vitais, movimentação e hábitos alimentares. Isso permite intervenções rápidas, evitando que pequenos problemas se tornem grandes prejuízos.

Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma metodologia que utiliza satélites para monitorar sistemas agrícolas integrados no Brasil. Esse sistema identifica áreas com cultivo duplo, como soja e milho, ou sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), gerando dados detalhados por regiões, estados e até bacias hidrográficas.

Além disso, a IA também melhora o manejo reprodutivo, prevendo ciclos de cio, ajustando cronogramas de reprodução e monitorando parâmetros de fertilidade. Para a recria, isso significa um planejamento mais eficiente da reposição do rebanho e a identificação antecipada de animais com alto potencial genético.

"É como ter um par de olhos extra no meu rebanho, captando sinais que eu perderia sozinho. Isso tornou meu trabalho mais fácil e mais lucrativo." - Bruno Massart, Pecuarista

O sistema funciona como um consultor sempre presente, ajudando nas decisões mais complexas, reduzindo erros e apontando as melhores soluções para cada situação. Durante a recria, essa assistência é especialmente útil, já que pequenos ajustes podem resultar em ganhos expressivos de peso e na redução da mortalidade.

A adoção da IA exige uma nova abordagem, com foco em aprendizado contínuo e no desenvolvimento de habilidades técnicas. No entanto, o investimento em capacitação rapidamente se traduz em resultados práticos no campo, tornando o trabalho mais eficiente e lucrativo.

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Exemplos Reais: Planos Alimentares e Protocolos Sanitários

Vamos explorar casos práticos que mostram como estratégias eficientes podem transformar a recria de bezerros. Aqui estão abordagens de alimentação e cuidados sanitários que têm dado ótimos resultados em fazendas.

Comparando Diferentes Métodos de Alimentação

O método de alimentação escolhido impacta diretamente o desempenho dos bezerros. A estratégia deve ser ajustada às condições da propriedade e aos objetivos do produtor. Um exemplo interessante é o método Hokovit Super Heifer, no qual os bezerros consomem, em média, 480 kg de concentrado e 200 kg de feno até os seis meses.

Essa abordagem inclui oferecer concentrados de alta qualidade – como milho, raspadinha de mandioca, farelo de soja e misturas minerais-vitamínicas – desde o nascimento até os 60 a 70 dias de vida. A partir da segunda semana, a dieta é complementada com feno ou volumoso verde.

"Quando o bezerro estiver consumindo 600 a 800 g de concentrado por dia, de maneira consistente, ele estará pronto para ser desaleitado ou desmamado, independentemente de sua idade, tamanho ou peso." - Embrapa

Mas não basta apenas alimentar bem. A saúde dos bezerros é igualmente importante para garantir o sucesso da recria.

Protocolos Sanitários que Funcionam

Protocolos bem definidos são fundamentais para que os bezerros atinjam seu potencial de desenvolvimento. Um exemplo vem do Instituto Sano, na Hungria, que adota um protocolo rigoroso: cada bezerro recebe o primeiro colostro até 2 horas após o nascimento, suplementado com Cotosan Plus®, garantindo a ingestão de 10–12% do peso corporal em colostro de qualidade.

Além disso, o aleitamento é feito de forma restrita, com até 12 litros diários nas primeiras três semanas, divididos em porções de 4 litros. O período de aleitamento dura 14 semanas, utilizando Sanolac Startino®, preparado com 50% de leite em pó desnatado, para assegurar uma nutrição balanceada.

"Cada bezerro recebe seu primeiro colostro até 2 horas após o nascimento, suplementado com Cotosan Plus®. O objetivo é alimentar aproximadamente 10 a 12% do peso corporal do bezerro." - Dr. Norbert Göres

Outro ponto essencial é o monitoramento constante. Os bezerros devem ser pesados ao nascer e na desmama para calcular o ganho de peso diário, que deve ultrapassar 0,350 kg. Esse acompanhamento permite que a primeira cria ocorra por volta dos 24 meses, equilibrando produtividade precoce com boa saúde reprodutiva.

Integrar esses protocolos ao sistema Soberano AI pode elevar ainda mais a eficiência do manejo. Ele permite registrar dados sanitários e nutricionais diretamente pelo WhatsApp, criando um histórico detalhado de cada animal. Isso facilita o acompanhamento durante a fase crítica da recria e conecta as práticas do dia a dia com dados em tempo real. Com essa precisão, esses exemplos práticos se tornam parte de uma estratégia sólida para uma transição lucrativa de bezerro para garrote.

Erros Comuns e Como Corrigi-los

Muitos produtores enfrentam desafios durante a recria que podem comprometer o desenvolvimento dos bezerros e gerar perdas financeiras. Detectar esses problemas rapidamente é essencial para garantir o sucesso da operação. Vamos explorar como a tecnologia pode ajudar a prevenir e corrigir esses erros.

Principais Erros na Fase de Recria

Um dos erros mais frequentes está relacionado ao manejo inadequado do colostro, essencial para a imunidade dos bezerros. Estudos mostram que 65-70% dos bezerros necropsiados apresentaram deficiências nesse aspecto, o que eleva a mortalidade. Além disso, a nutrição desequilibrada é outro fator crítico. Muitos produtores oferecem dietas pobres em energia, proteína, minerais e vitaminas, resultando em um ganho médio de apenas 570 ± 212 g/dia no sul do Brasil, muito abaixo do ideal para que os bezerros dobrem de peso até a desmama.

Outro problema comum é o ambiente inadequado, que afeta diretamente a saúde dos animais. Instalações sujas, úmidas e mal ventiladas favorecem a propagação de doenças. A presença de lama, fezes e pouca ventilação prejudica o desenvolvimento dos bezerros.

Aspecto Bom Regular Ruim
Higiene Ambiente limpo, sem fezes ou lama Lama/fezes em até 50% do piso Lama/fezes em mais de 50% do piso
Umidade Local seco Solo saturado, superfícies pegajosas Acúmulo de água ou lama
Ventilação ≥6 m³ de ar/animal, dois lados abertos Correntes fracas, temperatura elevada Ambiente fechado com odores fortes

A falta de registros precisos também é um grande obstáculo. Sem dados confiáveis sobre peso, consumo de ração e histórico sanitário, os produtores têm dificuldades para identificar e corrigir problemas a tempo.

Além disso, intervenções sanitárias tardias podem causar prejuízos significativos. No sul do Brasil, a mortalidade pré-desmama chega a 6,8%, um índice que poderia ser reduzido com protocolos sanitários bem definidos e monitoramento constante.

"O colostro é a melhor proteção para a saúde de um bezerro recém-nascido, pois transfere anticorpos da vaca para sua cria. Independentemente de como você o oferece ao bezerro, certifique-se de dar pelo menos duas doses nas primeiras 24 horas de vida para garantir o melhor início possível." - Chris Cassady, Ph.D., Diretor de Vendas Técnicas para Bovinos da BioZyme

Evitando Erros com Ferramentas de IA

A tecnologia tem um papel fundamental na correção desses problemas. O Soberano AI, por exemplo, oferece monitoramento em tempo real, permitindo que erros sejam identificados e corrigidos rapidamente.

Com o monitoramento nutricional inteligente, o sistema acompanha o consumo de ração, ganho de peso e desenvolvimento dos animais. Alertas automáticos são enviados quando os índices ficam abaixo do esperado, possibilitando ajustes imediatos na dieta.

O controle sanitário automatizado é outra vantagem. O sistema registra todas as intervenções veterinárias, vacinas e tratamentos, criando um histórico completo de cada animal. Além disso, envia alertas para vacinas ou sinais de problemas de saúde, reduzindo os riscos.

Na gestão ambiental, dados precisos sobre higiene, umidade e ventilação ajudam a manter as condições ideais para os bezerros. Alertas são emitidos quando os parâmetros estão fora do padrão.

A análise preditiva é um diferencial importante. Ela identifica padrões que podem indicar problemas futuros, permitindo intervenções antes que prejuízos ocorram.

"A produtividade dos bovinos de corte é altamente dependente da nutrição e da capacidade da dieta do animal atender aos requisitos nutricionais." - Jason Smith, PhD, Departamento de Ciência Animal, Texas A&M

Embora as ferramentas de IA não substituam a experiência do produtor, elas ampliam a capacidade de tomar decisões assertivas. Com dados em tempo real e alertas automáticos, é possível corrigir falhas rapidamente e garantir que a recria se mantenha no caminho certo para gerar resultados positivos.

Conclusão: O Caminho para uma Pecuária Lucrativa

A fase de transição entre bezerro e garrote é um ponto decisivo na pecuária de corte brasileira. É nesse momento que escolhas bem fundamentadas podem determinar o sucesso financeiro de toda a operação. Estudos mostram que a falta de colostro nas primeiras horas de vida compromete a imunidade dos bezerros, enquanto erros na gestão alimentar afetam diretamente o crescimento saudável dos animais.

O cenário atual da pecuária no Brasil ainda apresenta muito espaço para melhorias. Por exemplo, 48,8% dos clientes de nutricionistas possuem menos de 100 vacas leiteiras, com uma produção média de apenas 17,7 kg de leite por dia por vaca. Isso demonstra que ajustes simples no manejo podem trazer resultados significativos, especialmente para pequenos e médios produtores. Nesse contexto, a adoção de soluções tecnológicas tem se mostrado cada vez mais essencial.

Ferramentas tecnológicas têm se tornado grandes aliadas nesse processo. Um exemplo é o Soberano AI, que utiliza o WhatsApp para coletar dados e, com ajuda de inteligência artificial, oferece insights em tempo real. Essa abordagem permite decisões mais assertivas durante a recria, otimizando os resultados.

Com essas inovações, a intensificação sustentável já está mudando o panorama no campo, impulsionada por políticas públicas voltadas à descarbonização da agricultura. Produtores que seguem protocolos adequados para a administração de colostro, aprimoram a nutrição na fase líquida e utilizam sistemas inteligentes de monitoramento estão se colocando à frente, aproveitando melhor as oportunidades do mercado.

O segredo para o sucesso não está em grandes investimentos, mas em uma gestão eficiente. Protocolos bem definidos, como o fornecimento correto de colostro, o acompanhamento do consumo de concentrado para o desenvolvimento ruminal e o uso de ferramentas de inteligência artificial, podem ser adotados por qualquer produtor, independentemente do tamanho da propriedade. É nos detalhes do manejo diário que se encontra a diferença entre uma recria lucrativa e uma operação com prejuízos.

Com as estratégias certas e o suporte das tecnologias disponíveis, a transição bezerro-garrote deixa de ser um desafio e se transforma no alicerce para uma pecuária mais produtiva e rentável.

FAQs

Quais são os principais problemas na recria de bezerros e como evitá-los?

Os desafios mais frequentes na recria de bezerros no Brasil envolvem doenças infecciosas - como diarreias provocadas por agentes como Cryptosporidium spp. e Salmonella spp. - e infestações parasitárias, incluindo carrapatos, moscas e vermes gastrointestinais. Esses problemas podem prejudicar o crescimento dos animais, elevar a taxa de mortalidade e causar prejuízos financeiros expressivos.

Para minimizar esses riscos, é fundamental investir em um manejo sanitário eficaz. Isso inclui medidas como vacinação regular, controle rigoroso de parasitas e uma alimentação equilibrada. Também é importante evitar pastagens de baixa qualidade e adotar práticas de manejo que garantam um ambiente adequado para o desenvolvimento saudável dos bezerros. Com essas ações, é possível reduzir perdas e aumentar a produtividade durante essa fase crucial.

Como o Soberano AI pode ajudar a melhorar o manejo e a transição de bezerros para garrotes?

O Soberano AI traz soluções tecnológicas que permitem monitorar e analisar dados em tempo real, oferecendo aos produtores uma visão mais detalhada sobre a saúde, o peso e as condições ao redor dos bezerros. Com essa ferramenta, é possível detectar problemas rapidamente e tomar decisões mais precisas e eficazes.

A plataforma também melhora a gestão de áreas importantes como alimentação, saúde e manejo de pastagens. Isso resulta em ganhos de peso mais consistentes e na redução de perdas. Ao incorporar essas práticas, os produtores conseguem aumentar tanto a produtividade quanto a lucratividade, atendendo às demandas específicas do setor pecuário brasileiro.

Quais são as práticas essenciais para garantir um ganho de peso saudável na transição de bezerro para garrote?

Para promover um ganho de peso consistente e saudável na fase de transição de bezerro para garrote, é essencial adotar medidas específicas tanto na nutrição quanto na saúde dos animais. A dieta deve ser cuidadosamente planejada, garantindo uma alimentação equilibrada, rica em proteínas e energia, ajustada às necessidades de cada etapa do desenvolvimento. Não se esqueça da importância de oferecer minerais e vitaminas, que são fundamentais para um crescimento adequado.

No aspecto sanitário, é crucial manter um controle rigoroso para evitar doenças. Siga um cronograma de vermifugação e vacinação conforme as orientações de um veterinário e assegure que os animais tenham acesso contínuo a água limpa e de boa qualidade. Além disso, um ambiente bem cuidado, com pastagens adequadas e suplementação estratégica, é indispensável para o bem-estar e o desempenho dos bezerros durante essa fase tão importante.

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